Auxílio-moradia: o disfarce acolhido em decisão do STF

O baile da auto-concessão de aumento salarial no Poder Judiciário chegou a um nível tal que um dos seus membros, o Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, nem faz questão de manter a máscara.

Questionado sobre o pagamento do auxílio-moradia foi direto ao ponto: “esse auxílio-moradia, na verdade, ele disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo, não é. Aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de imposto de renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno, não dá pra ir toda hora a Miami comprar terno, porque cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, uma camisa razoável, um sapato decente, tem que ter um carro. Espera-se que a Justiça ali, que personifica uma expressão da soberania, seja bem apresentável. E há muito tempo não há o reajuste do subsídio. Então, o auxílio-moradia foi um disfarce pra aumentar um pouquinho, e até pra fazer com que o juiz fique mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome do pânico, tanta AVC, etc. então, a população precisa entender isso. No momento em que eles perceberem o quanto que um juiz trabalha, eles verão que não é a remuneração do juiz que vai fazer falta. Se a justiça funcionar, vale a pena pagar em a um juiz.”

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